Movimento comum

Uma pergunta que veio comigo hoje ao acordar: quantas batalhas já travei?
Não faço a mínima idéia... afinal de contas, todos os dias são assim, incessantes momentos de luta. Mas aí vem outra pergunta: quantas dessas lutas ou batalhas foram apenas suas? Ou quantas foram por um bem comum?
Bem, aí a coisa muda um pouco.
Recordo-me bem das batalhas por idéias comuns ao qual participei. Também me recordo das derrotas e das falsas vitórias. Foram campos de batalhas diferentes, motivações diferentes, situações, pessoas, “inimigos”... epa, “inimigos” não, esses sempre foram os mesmos. O “inimigo” na verdade é “o cara”. Sim, “o cara” lá de cima, do poder público; o que toma as decisões, que se ergue à sua vontade. Aquele que você elege ou que é eleito pelos votos em branco. Sim, “o cara” sempre foi o inimigo.Então, numa rápida reflexão sobre tudo isso, me ocorreu um pensamento: será que ter “o cara” como inimigo, é salutar a uma sociedade? É assim que deveria ser? Esse “o cara” não deveria cuidar dos interesses de nós, eleitores e filhos da Pátria? Bom... Numa terra onde a civilidade exista, sim, deveria; parece que aqui não há isso. Há interesses pessoais e financeiros. E nós... Bem, nós continuamos sofrendo. E se ilude quem pensa que o voto pode mudar isso – não, não vai. Porque magicamente irão aparecer votos favoráveis àqueles que acompanham as tendências momentâneas.
Isso é desacreditar numa democracia? Não. É desacreditar naqueles “o cara” e sonhar que um dia possa, algum deles, ficar realmente ao nosso lado. Para que não precisemos tentar mostrar e mudar as coisas nas batalhas, nas lutas... Mesmo que sejam ideologias. Para que não precisemos mais ocupar nada à força, nem precisar sair às ruas gritando e correndo risco de apanhar daqueles que deveriam nos proteger. Para que possamos respirar um ar puro, um ar de orgulho, um ar transparente.

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