Quando um bom homem se vai

O tempo como amigo, já postei algo sobre isso aqui, mas quando ele começa a querer lhe zombar, o que fazer? É, você sempre pode tentar ser amigo dele, mas dificilmente saberá se ele será amigo seu.

Este post é para dizer que estou triste. Hoje perdi uma pessoa que era uma de minhas referências, meu tio. O único tio homem de sangue que eu tinha. Quando falo em “referências” não quero dizer com isso que ele era perfeito, um exemplo de pessoa, mas tinha tudo o que me inspirava as vezes. Ele foi o “tio mala”, “responsável”, coração grande”, engraçado”, “trabalhador”, “atencioso”... tantas coisas que não conseguiria me expressar de uma forma que valesse a pena por aqui. Esse foi o meu tio, um homem justo que me ensinou a empinar uma pipa, a construir coisinhas de madeira, a pilotar uma moto, criar codorna, torcer pelo Sport Club do Recife.

Um dos sabores do natal pra mim, é o do Red Label, scott puro. Ele me ensinou isso, e todo ano comprava uma garrafa para nós – esse ano eu comprei a garrafa e estou agora, bebendo-a em homenagem a ele.

Sinto saudades desde já. Mas sei que ele descansou e foi lá pra onde minha vó, sua genitora, se encontra... devem estar melhores do que eu aqui, que já tava num processo de depressão e que agora, ou afundo de vez, ou me ergo – melhor ficar com a 2ª opção.

É isso, sem mais delongas. Hoje eu o enterrei, sereno e com a camisa do Sport que tanto amava e que lhe presenteei um dia. Descansou e nos deixou com um monte de idéias de como tornar nossas vidas melhores.

E segue agora em seu barco rumo a uma nova etapa, ao seu novo destino.