O porquinho e a cana

E assim vai sendo mais dia na minha curiosa estadia neste planeta.
Hoje fui comprar cigarros, aqui dentro do conjunto residencial onde moro. Assim, dentro não, quase dentro, na rua aqui atras onde tem um comercio bem movimentado.
Estando eu la, observei que em uma das mesas do boteco, haviam alguns senhores meio cabisbaixos, meio que se consolando... parecia que um deles tava com alguma dor de sentimentos (vulgo chifre), e todos os seus colegas, tentavm consolar...

- fique assim não hômi! Foi melhor ela ter ido embora mermo... - dizia um deles, enquanto outro falava: - se aperreie com isso não, tu 'e o cara! Tu vai sair dessa...
as nada parecia consolar o pobre moribundo de cornos quentes, at'e que d nada, surgiu mais um amigo da patota. Vinha em passos acelerados artavessando a rua, segurando um porquinho de minhaeiro nas mãos...

- cheguei nessa porra! Vamo beber!!! - disse euf'orico, enquanto colocava o porquinho na mesa... Sim, o barro duro do pobre pseudo su'ino não resistiu às investidas de um fundo de uma garrafa contra ele... esfarelando-se ali, bem no meio da mesa.
Dava pra ver a alegria dos homens, ao ver aquelas moedas se espalhando... era tudo pra cana, o aguardente tão desejado ali... e se esbaldaram, viu? Eu fiquei de butuca, com meu cigarro no bico e minha garrafinha de cerveja na mão, observando o desfecho do agora sorridente homem de cornos amanciados pela cana.

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