SETLIST - música feita na máquina... do tempo

Penso que no mundo artístico, quase tudo é cíclico. Algumas coisas que se vão, voltam de alguma forma. A inspiração vem de algum lugar mágico, onde as ondas criativas se fundem, misturam e renascem numa outra forma, mas garantido algumas de suas características.
O que dizer de filmes, novelas e até HQ's, que recorrem ao passado e até mesmo à reboots? Parece até que a criatividade parou de existir "vamos copiar, alterando aqui e ali", pensa-se.
Na verdade u vejo apenas como inspiração mesmo, já que hoje em dia são tantas ideias à mostra pelo mundo, que chega dá um nó na hora de criar algo, não acham? Existe um verdadeiro bombardeio de informações circulando pela web e sendo transportadas pelo dia a dia.

Bom, mas com base nisso tudo aí em cima, eu vim falar de música. Bandas que surgiram, mas que pareciam mais que vinham teletransportadas de algum ponto no passado. 
Assim, falarei de maneira bem breve, sobre três delas: The Growlers, Tame Impala e Temples. Sim, as bandas que mais me surpreenderam por me tirar de um marasmo musical que assola o planeta (exceto o BlackSoda, que faz um som forte, um rock de qualidade, dentro das fronteiras do mangue e do samba noise ao qual somos obrigados a conviver aqui em Hellcife - mas isso é uma outra história.

Então vamos lá. A psicodelia e misticismo de batidas e melodias circenses, que permeiam o som dessas três bandas, são o fio guia de sua excentricidade e competência.
Ao final, separei um setlist, que não foi nada fácil de montar, para vocês baixarem e se deleitarem.

 The Growlers - Banda formada em 2006, na Califórnia, que traz uma bagagem com musicalidade dos hippies, misturada com aquelas influencias do surf music bem californiano... nada demais, se não fosse a forma como os caras encaram suas músicas. O segundo álbum da banda Hot tropics é um bom exemplo disso, e vale muito a pena conferir - com letras e melodias sobre lendas e atividades comuns àquela região.
Um outro bom álbum é o recente Chinese fountain, onde a banda se aventura em alguns sons mais globais, fugindo um pouco (um pouco apenas) de sua forma de compor.
Vou deixar a curiosidade de vocês aflorar e pesquisar mais. Mas comecem pelo segundo álbum, depois partam pro primeiro dos caras.


Tame Impala - Australianos (2007). Comecei com essa informação para poder quebrar um pouco da tradição que vem daquele país. Ok, Neil Young vai quase na mesma linha, mas... o Tame Impala veio com uma proposta quase ingênua de fazer som, acabou saindo uma psicodelia com misturas de sons das décadas de 60 e 70. Uma melodia vocal que lembram os famosos rapazes de Liverpool, e pegadas de bateria quase Bozo Bonham. Sem exageros, mas graças a muitos recursos utilizados pela banda, eles fazer um som delicioso e inconstante.
Lançados ao conhecimento mundial com a faixa Elephant , a banda pode se assim dizer, tem músicas que nos fazem colar os ouvidos no som (melhor ouvir no vinyl ou CD e com fones externos de ouvido).


Temples - Por fim, chegamos a essa banda recém saída do forno. Formada em Kettering (2012), que fica lá na terra da Rainha.
Lembram o que disse lá em cima, sobre bandas que trouxeram ou se inspiraram em sons de outra época? Pois bem, não se aplica aqui. Na verdade, parece mesmo que eles vieram numa máquina do tempo, direto e reto. Exploram as melodias e vocais com suavidade e maestria, ao tempo que fazem uma marcação forte em sua músicas. Conquistam logo de cara.
Nem vou me estender aqui. Procurem mais e descubram por si. Além do mais, só lançaram um álbum até agora, o Sun Structures, então dá pra conferir bem sussa o que eu digo. Ah sim, e a dica é a mesma, fones externos e vinyl e CD, se possível.

Agora, deixo um brinde aqui, como de costume, para baixarem e se divertirem um pouco  SETLIST BAIXE AQUI

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